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Fique sabendo - Mentiras

Conheça as mentiras que contam sobre automóveis

nem tudo é como dizem

naftalina no tanque:
 diz uma antiga lenda que botar uma bolinha de naftalina no tanque aumenta a octanagem da gasolina e melhora o desempenho do carro. até há algum sentido, já que a poeira do naftaleno é explosiva - mas para ter algum efeito seria necessário dissolver muitas bolinhas no combustível. mesmo assim, o resultado seria duvidoso - lembre-se que nem todo carro se beneficia com gasolina de alta octanagem, como a premium. de quebra, a naftalina deixa resíduos que podem entupir o sistema de alimentação. 

enchente na vw: a cada chuva forte, circula pela internet uma mensagem mostrando um pátio de carros alagado. o texto diz que foi na fábrica brasileira da volks e que a imprensa nada noticiou para não afetar as vendas de automóveis. mas quem der uma olhada melhor nas fotos antes de passar o hoax adiante notará que os carros sequer são feitos aqui. na verdade, são da marca skoda e a enchente aconteceu em 2003, na república tcheca. 

fusca vira ultraleve: a história começou nos anos 80, quando os ultraleves começavam a se popularizar. "estão roubando fusca e brasília para botar os motores em ultraleves!" a julgar pelos números de roubos desses veículos na época, teríamos a maior frota de aviação experimental do mundo... 

carro do getúlio: é um clássico das reportagens sobre automóveis antigos. qualquer modelo americano dos anos 30 é apresentado como "carro que foi de getúlio vargas". já os modelos alemães de luxo sempre foram "presentes de hitler" a algum diretor de banco ou embaixador. é uma forma de esquentar a matéria e valorizar o carro. 

amortecedor barato: comerciantes desonestos anunciam amortecedores e pneus abaixo do preço de custo. o incauto chega na loja, tem a suspensão desmontada, ouve mentiras e se vê obrigado a trocar buchas, molas e bandejas. tudo de segunda linha, claro, mas com preços de primeira. a conta é sempre de assustar. o pior é que, muitas vezes, ainda dizem que os amortecedores ou pneus ruins (motivo inicial da ida à loja) estão bons. afinal, se trocasse estas peças pelo preço anunciado, o lojista mau-caráter sairia no prejuízo. 

celular destrava porta: um velho boato fez muita gente acreditar que quem, por distração, trancar o carro com as chaves dentro pode abrir a porta facilmente usando um celular. bastaria ligar para casa, pedir que alguém pegasse a chave reserva, aproximasse-a do bocal do telefone e apertasse o botão do controle remoto da trava elétrica. lenda urbana das brabas: na imensa maioria dos casos, o sinal do controle remoto não é sonoro, mas sim por frequênciafrequencia de rádio, que não é transmitida pelo celular. 

movido a água: volta e meia aparece um gênio que inventa "um revolucionário carro movido a água". bastaria abrir a torneira para abastecer. há quem jure que viu um opala a ho na ilha do governador, nos anos 70. como a cascata nunca se torna realidade, a história termina com uma "sabotagem" dos fabricantes de automóveis ou um "sequestro" encomendado pelas multinacionais do petróleo. 

citroën capotado: uma mentira do tempo da vovó, que vem sendo repetida desde os anos 50: a citroën dá um automóvel novo a quem conseguir capotar um modelo da marca. há décadas, os citroën são conhecidos por sua boa estabilidade, mas a fábrica nunca trocou carros que viravam. 

brilho com querosene: há quem jure que lavar o carro com querosene deixa a pintura brilhando como se tivesse recebido cera. tudo o que se consegue, contudo, é estragar a tinta e provocar corrosão. na lavagem, querosene só serve para tirar sujeiras persistentes - como manchas de asfalto - antes de ser bem enxaguado. 

antigamente era bom: o sujeito vê um modelo moderno com plásticos nos para-choques e afirma que antigamente é que os carros eram seguros. "aquilo sim era lataria!". a verdade é justamente o inverso: os modelos modernos têm estruturas deformáveis para amortecer impactos. já as parrudas banheiras dos anos 50 amassavam pouco, mas repassavam aos infelizes ocupantes a maior parte da força da colisão. sem falar que não havia dispositivos como colunas de direção retrátil e volantes de material macio. 

preço de custo: é um golpe velho como o rascunho da bíblia. em anúncios de jornal, o carro é oferecido a preços incrivelmente baixos. o incauto liga e ouve a história de que o vendedor é funcionário de uma fábrica de automóveis e tirou o carro mais barato (ou outro caô do gênero). o vigarista, então, pede um depósito como sinal e desaparece para todo o sempre. é incrível, mas ainda há quem caia nessa. 

flex a prestação: comprou um carro zero-quilômetro flex? pois comece abastecendo com gasolina e vá botando álcool aos poucos, para o carro ir se acostumando... pois é: a besteira acima é repetida por alguns mecânicos. no mundo real, não há prejuízos em pôr álcool ou gasolina, em qualquer proporção, desde a saída do carro da fábrica. 

única dona: é sempre um apelo na hora de anunciar o automóvel, como se o sexo isentasse alguém de descuidar da manutenção ou cometer barbeiragens. alguns dos maiores cupins-de-ferro que rodam por aí são mulheres. 

óleo no dedo: nessa cascata clássica, o frentista puxa a vareta do óleo, esfrega o lubrificante entre os dedos e diz que está na hora de trocar o óleo. não caia nessa. é normal que o óleo esteja escuro, já que, além de lubrificante, o produto tem poder detergente e mantém as partículas de sujeira em suspensão. para saber a hora da troca, basta anotar a quilometragem do carro e fazer a substituição no prazo indicado pelo manual. 

produtos milagrosos: volta e meia aparecem remédios mágicos para todos os males do motor. são pílulas para se jogar no tanque, aditivos que dispensam óleo no cárter ou ímãs que ordenam as moléculas de gasolina, garantindo mais economia e potência. invariavelmente são "testados pela nasa" e seus anúncios mostram "atestados de institutos americanos de tecnologia". se o caro leitor não quer gastar dinheiro à toa, fuja desses milagres automotivos. outra vertente é a dos chips que transformam qualquer carro a gasolina em flex - mas sempre aumentando muito o consumo. 

tem que descarbonizar: o carro tem pouco tempo de uso e aparentemente está perfeito. quando vai para a revisão, a concessionária mal intencionada empurra um serviço de "descontaminação" ou "descarbonização" do motor. tal procedimento não consta em qualquer dos planos periódicos de revisão estipulados pelos fabricantes. 

amortecedor morre aos 35.000km: nos anos 70 e 80, uma grande fábrica de amortecedores brasileira inventou que este componente da suspensão tem prazo de validade. puro golpe para vender mais. não existe uma quilometragem certa para a troca: o componente pode durar apenas 10.000km ou passar dos 100.000km em perfeitas condições- a vida útil depende do tipo de uso que o carro tem e dos caminhos que são percorridos. 

óleo grosso: tem gente que aconselha usar óleo de grande viscosidade em motor com alta quilometragem. a justificativa é de que se gastará menos lubrificante, mesmo que o motor já esteja com grandes folgas internas. o problema é que, com o "óleo grosso", o bombeamento é dificultado e a lubrificação é reduzida. em resumo: o desgaste do motor será ainda mais acelerado. 

aditivada é ruim: outra tremenda bobagem, repetida por muitos mecânicos (e até alguns consultores técnicos de concessionárias). na verdade, este tipo de combustível mantém limpo o sistema de alimentação do motor. mesmo carros que nunca usaram a aditivada não terão problema em adotar o combustível, já que a ação detergente é bem suave e não solta todos os detritos de uma vez. parte dessa confusão foi alimentada por um texto mal redigido no manual do proprietário dos carros da honda. vale lembrar que, em muitos países do primeiro mundo, todas as gasolinas trazem aditivos.